Alta Floresta
- Pantanal 360
- 16 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de out.
O dia começou bem cedo, com o adesivo no carro, queremos despertar a curiosidade das pessoas para o que é o Pantanal 360. Francisco meu auxiliar está muito animado, mineiro, nunca viu a floresta! Hoje ele é formado em Jornalismo, mas sua primeira formação é de técnico em meio ambiente, e me disse que só viu a floresta amazônica por meio dos livros e estudos, e agora terá a oportunidade de pisar no chão da floresta e sentir todos seus perfumes e frescor.
Vistoria, seguro, documentos, tudo ok para sairmos para a primeira viagem e incursão do Pantanal 360 - das Nascentes a Serra do Amolar, e nossa viagem começa em Cuiabá rumo a Alta Floresta, sentido norte do país e do estado, temos 860 km pela frente. No caminho passamos por Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, onde colamos o primeiro adesivo da expedição, marcamos nossa presença.
Dormimos em Colíder, e saímos às 6 da manhã, são mais 160km e estamos lá.
Chegamos as 8 da manhã e fomos direto para a Reserva Surucuá, uma área de 60ha dentro da área urbana da cidade, que guarda um pedaço original de floresta amazônica, o Coordenador da FEC (Fundação Ecológica Cristalino), Lucas que é biólogo nos acompanhou e explicou como funcionam os rios voadores que a floresta forma. Foi muito bom ouvir o Lucas e entender melhor esse mecanismo natural que leva a água da floresta para o Cerrado e depois para o Pantanal.
Entramos na floresta, e fomos até uma Castanheira (Bertholletia excelsa) para fazer a primeira foto do projeto. Árvore majestosa, com seus 40 metros de altura e um tronco lindo que precisa de umas 7 pessoas para abraça-lo.
Dentro da floresta o solo revela muitas belezas, a serralheira (material orgânico, composto de folhas, pequenos galhos e musgos) favorecem o crescimento de muitos fungos e cogumelos, me deliciei fazendo fotos deles.
No outro dia de madrugada, antes do sol nascer, fomos a RPPN Cristalino e de cima da plataforma deles, que tem 50 metros de altura, decolei o drone e fiz a foto da floresta ao amanhecer, e ela revelou todo seu esplendor com sua transpiração.
O Lucas havia nos explicado esse mecanismo de troca da floresta com o ambiente. A água que cai nela, em forma de chuva, penetra o solo, suas raízes absorvem essa água transportando até as folhas, e elas trocam com o ambiente o calor pela sua transpiração, olhando a floresta lá de cima, uma imensidão de árvores e folhas, conseguimos ver essa transpiração e a formação dos rios voadores, foi um momento de muita emoção e de uma beleza indescritível.
E é por isso que estamos aqui, para mostrar a todos por meio dos óculos de realidade virtual, esse espetáculo que a natureza proporciona, que além de lindo é essencial para a vida, pois, sem essa transpiração da floresta, não há chuvas que alimentam os rios do cerrado e consequentemente sem estas, não há pantanal.





















